A produção brasileira de milho pode alcançar um volume recorde de 115 milhões de toneladas nesta safra 2022/23. Segundo dados do Rabobank, isso significa um aumento de 26 milhões de toneladas com relação à safra anterior.
O volume estimado é referente a safra verão e segunda safra de cereal.
Contudo, apesar da previsão de colheita recorde, a comercialização do milho segue em ritmo abaixo do registrado no mesmo período do ano passado, uma vez que o produtor aguarda a estabilização do mercado e melhores preços.
?Temos que imaginar que (a maior parte) desse milho vai ser plantado a partir do ano que vem e o produtor tende a segurar um pouco mais agora?, explica o comentarista do Canal Rural Mato Grosso, Glauber Silveira.
Silveira diz que “esperava que essa previsão do Rabobank fosse ainda maior?, e afirma não acreditar que o incremento da produção brasileira impacte negativamente nas cotações do cereal. ?É importante lembrar que temos uma diminuição de 10 milhões de toneladas da Ucrânia, diminuição de produção nos Estados Unidos e da Argentina. O único que ainda aumenta e mantém sua produção é o Brasil. Por isso, qualquer aumento é esperado pelo mercado?, explica.
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Outro ponto levantado por Glauber Silveira durante participação no Mercado & Cia desta quarta-feira, foi quanto à sugestão feita pelo governador de Mato Grosso, Mauro Mendes, ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, durante a Conferência do Clima, no Egito. Ele propôs endurecer o jogo contra desmatamento ilegal, com confisco de área e perdimento de bens para aqueles que praticarem o crime ambiental.
De acordo com Silveira, é importante separar o joio do trigo. Ele frisa que uma coisa é o produtor que desmatou além do permitido pela lei e outra coisa é um pequeno produtor que não consegue a autorização. ?Se for pra ser penalizado é para dar agilidade nos processos. É preciso separar cada uma das situações?, afirma Silveira.
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