O presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), João Martins, entregou nesta quinta-feira (27) ao ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, um documento com propostas da entidade para a elaboração do Plano Safra 2023/2024.
O material traz dez pontos considerados prioritários pela entidade, com foco no aumento e garantia de recursos, redução e equalização dos juros, aumento do limite de renda para enquadramento nas linhas de crédito, maior volume para subvenção ao seguro e prioridade para investimentos principalmente para pequenos e médios produtores, entre outros.
Um dos pontos defendidos pela CNA é a garantia de que o volume total de recursos do Plano Safra esteja disponível durante toda a safra, sem interrupções e com liberação previsível. A confederação também solicita R$ 25 bilhões no orçamento para subvenção às operações oficiais de crédito sob a forma de equalização de taxas de juros dos financiamentos.
A CNA propõe também a redução das taxas de juros dos financiamentos, em valores condizentes com a atividade agropecuária. Para o Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR), são pedidos R$ 2 bilhões para este ano e R$ 3 bilhões para 2024.
Outra proposta trata do aumento do limite de renda bruta agropecuária para enquadramento dos produtores em programas de crédito rural como Pronaf (agricultor familiar e pequenos produtores) e Pronamp (médios produtores).
A CNA também quer prioridade nos recursos para investimentos para pequenos e médios produtores (Pronaf e Pronamp), construção de armazéns (PCA), irrigação (Proirriga), incorporação de inovações tecnológicas nas propriedades rurais (Inovagro) e Programa ABC+.
Ainda no conjunto de propostas, estão a utilização de parte da exigibilidade de recursos dos depósitos à vista em subvenção aos Fundos de Investimento das Cadeias Agroindustriais (Fiagros); e o aumento do limite de financiamento de custeio para todos os enquadramentos, por conta da elevação dos custos de produção.
Outros pontos são regulamentação do Fundo de Catástrofe (Lei Complementar nº 137/2010) e fomento a linhas de crédito públicas ou privadas para promover a agricultura regenerativa.
Levando em conta todas as demandas levantadas pelos produtores, o volume de recursos necessários para o Plano Agrícola e Pecuário 2023/2024 é de R$ 403,88 bilhões em operações de crédito rural, dos quais R$ 290,7 bilhões para custeio/comercialização e R$ 113,09 bilhões para investimentos.
De acordo com a entidade, o documento foi construído em conjunto com as federações de agricultura e pecuária, sindicatos rurais, produtores e entidades setoriais, em encontros realizados com representantes das cinco regiões do país.
Confira os dez pontos defendidos pela CNA para o Plano Safra:
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